Feijão Vagem Descrição
O feijão-vagem, feijão-de-vagem ou simplesmente vagem, é planta anual, muito difundida em diversas regiões brasileiras. Trata-se de hortaliça da mesma espécie botânica do feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris L.) (produzido para o consumo de grãos) e caracteriza-se por ser colhida quando as vagens estão verdes, Pinto et al., (2007).
As principais características do feijão vagem que diferencia do feijão para produção de grãos são; a ausência de fibrosidade no fruto que permite a sua utilização na alimentação humana de modo a se aproveitar o fruto por completo, crescimento lento da semente e colheita do fruto cerca de 18 a 20 dias após a sua polinização (Tessaioli e Groppo, 1992).
As cultivares apresentam como principais características que são usadas para diferenciá-las, o habito de crescimento que é determinado – quando a haste termina numa inflorescência e por isso tem crescimento reduzido, o que permite a sua condução sem estaqueamento e um maior estande por área e o crescimento indeterminado quando a haste possui na sua extremidade um meristema vegetativo que permite a continuidade do crescimento da planta, o que leva à necessidade de estaqueamento. Outra característica e com relação à seção da vagens (corte transversal); em tipo macarrão a seção transversal é circular e no tipo manteiga a seção transversal é elíptica (Tessaioli e Groppo, 1992 e Pinto et al., 2007). Com relação ao espaçamento e densidade de plantio, para as cultivares de habito de crescimento indeterminado é preconizado de 100 a 120 x 40 a 60 cm com duas plantas por cova, para crescimento determinado, conduzido sem estaqueamento, o espaçamento indicado é de 40 a 60 x 20 a 30 centímetros (Tessaioli e Groppo, 1992), já Pinto et al., (2007) recomenda para cultivares de crescimento determinado o espaçamento de 0,5m entre fileiras, distribuindo-se de 10 a 15 sementes/m. Com gastos de sementes de 20 a 30 kg/ha para o crescimento indeterminado (Tessaioli e Groppo, 1992).
A cultura tem larga adaptação a climas quentes e amenos, dentro de uma faixa térmica ampla de 18 a 30°C. Em temperaturas superiores a 35 °C, há deficiência de polinização, o que resulta em vagens deformadas e queda significativa na produtividade. Por outro lado, é intolerante a baixas temperaturas (menor que 15°C) e á geada, sendo o frio o fator limitante do cultivo durante o inverno, ocasionando baixa germinação e desenvolvimento retardado das plantas. Em regiões tropicais de baixa altitude, com inverno ameno, é viável a semeadura ao longo do ano. Em outras, de maior altitude, as semeaduras de inverno devem ser evitadas (Barbosa et al., 2001). A recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5° Aproximação é feito para o feijão-vagem de habito de crescimento indeterminado (Trepador): a recomendação levando se em consideração disponibilidade e textura do solo, no caso do fósforo esta na faixa de 50 a 280 kg/ha, sendo realizado todo no plantio, para o potássio a faixa de recomendação esta entre 30 – 120 kg/ha sendo utilizado 50% no plantio e 50% em cobertura e o nitrogênio a recomendação é de 150 kg/ha sendo 30% no plantio e o restante em cobertura aos 30 e aos 60 dias da emergência das plântulas. Recomenda fazer uma aplicação foliar de molibdato de amônio (0,4g/l) antes da floração.
Referencias Bibliográficas
BARBOSA, M.L.; REZENDE, M.R.R.; COSTA, H.S.C.; MALUF, W.R. A cultura do feijão-vagem. Boletim Técnico nº65. 1ª edição. Grupo de estudo de Olericultura, UFLA, Lavras, MG. 2001, 6p.
PINTO, C..M..F.; VIEIRA, R.F.; VENZON, M.; PAULA JR., T.J. de; MATTOS, R.N. Feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.) In: PAULA JR, T.J. de & VENZON, M. (Coord.) 101 Culturas; Manual de tecnologias agrícolas. EPAMIG, Belo Horizonte, MG. 2007. 800p.
TESSARIOLI NETO, J. & GROPPO, G.A. A Cultura do Feijão-vagem; Boletim Técnico 212, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Campinas, SP. 1992. 12p.
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