Feijão Vagem

Feijão Vagem
Fazenda Experimental de Lambari

terça-feira, 7 de agosto de 2012



Tabela 1 - Rendimento médio de vagens em função dos tratamentos aplicados à cultura -Lambari-MG, 2010/2011
Tratamento
1ª Safra
(kg/ha)
2ª Safra
(kg/ha)
2ª Safra Produção Comercial
(kg/ha)
Com aplicação de silício
10.893
9.775
6.699
Sem aplicação de silício
10.607
9.460
6.887
Nitrogênio em cobertura (0 kg/ha)
9.982
8.749
6.037
Nitrogênio em cobertura (30 kg/ha)
10.750
8.707
6.097
Nitrogênio em cobertura (60 kg/ha)
10.319
10.582
7.436
Nitrogênio em cobertura (90 kg/ha)
11.950
10.432
7.602
Molibdênio foliar (0 g/ha)
10.047
9.488
6.656
Molibdênio foliar (50 g/ha)
10.835
10.083
7.123
Molibdênio foliar (100 g/ha)
11.674
9.548
7.002
Molibdênio foliar (150 g/ha)
10.445
9.350
6.391
Média geral do experimento
10.750
9.617
6.793

Conclusão
                  
A dose de 90 kg/ha de N em cobertura deve ser utilizada. As aplicações de silício e molibdênio não influenciaram na produção do feijão-vagem.

Referências

ATHANÁZIO, J.C. Adubação de feijão-vagem. In: FERREIRA, M.E.;
CASTELLANE, P.D.; CRUZ, M.C.P. da. (Ed.). Nutrição e adubação de
hortaliças. Piracicaba: POTAFOS, 1993. p.213-218.
FAWE, A. et al. Silicon and disease resistence in dicotiledons. In: DATNOFF,
L.E.; SNYDER, G.H.; KORNDÖRFER, G.H. (Ed.). Silicon in agriculture. New
York: Elsevier, 2001. p.159-166.
RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ V., V.H. Recomendação
para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5a aproximação.
Viçosa, MG: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais,
1999. 359p.

Resultados e Discussão

A colheita do primeiro experimento foi realizada em três etapas, e analisada a produção total de vagem, sem ser observada a produção comercial, o que ocorreu no segundo experimento, porém com uma única colheita. A produção não teve diferenças significativas para a aplicação de silício, neste caso esperava-se o efeito indireto, pois o silício é um elemento útil que teria o efeito de indução de resistência ao ataque de insetos.
 A aplicação de silício, utilizando como fonte a cinza de eucalipto, não favoreceu o aumento de produção e também não influenciou a produção de forma negativa. O Mo foliar foi aplicado no primeiro experimento aos 30 DAE, por causa das chuvas que ocasionaram o atraso na aplicação. No segundo experimento, a aplicação ocorreu como planejado perto dos 25 DAE, porém, em ambos os experimentos, a cultura já estava em plena floração o que influenciou de forma negativa a resposta à aplicação do Mo, que não teve diferença significativa ao incremento de suas doses. Na Tabela 1, podem-se observar as médias do rendimento para cada tratamento, onde as respostas significativas só ocorreram para o N. Como houve resposta significativa às doses de N em cobertura, aplicou-se a regressão linear para o estudo desse tratamento, como é mostrado no Gráfico 1. Porém, os experimentos levam a considerar a necessidade de modificar as doses estudadas para obter respostas das doses econômicas de N e Mo. No caso do Mo foram aplicadas as doses de 0, 30, 60 e 90 g/ha aos 14 DAE e, no caso do N, as doses de 0, 50, 100 e 150 kg/ha, quatro dias após o Mo. Com estas modificações esperam-se respostas que possibilitem recomendações de adubação de N e Mo para o feijão-vagem de hábito de crescimento determinado.

Material e Método

           Os experimentos foram implantados na Fazenda Experimental da EPAMIG  de Lambari - Sul de Minas, nos anos de 2010 e 2011, com plantios nas épocas da seca (1ª safra) e das águas (2ª safra). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, segundo o esquema fatorial 2x4x4, com duas repetições. Os tratamentos envolvidos foram com e sem aplicação da cinza de eucalipto, quatro doses de N em cobertura (0, 30, 60 e 90 kg de N/ha) e quatro doses de Mo via foliar (0, 50, 100 e 150 g Mo/ha). A adubação de cobertura foi realizada aos 20 dias após a emergência (20 DAE), empregando-se como fonte a ureia (44% de N). A aplicação da cinza de eucalipto a 5% via foliar foi realizada semanalmente, iniciando sete dias após a emergência. O Mo foi aplicado aos 25 DAE, empregando-se como fonte o molibdato de sódio (39% de Mo). O plantio teve espaçamento de 0,5 m entrelinhas e a densidade de semeadura de 10 sementes por metro linear. As parcelas foram constituídas por quatro fileiras de 5,0 m de comprimento, perfazendo uma área total de 10,0 m2. Dados coletados foram de produção total e comercial das vagens. Os dados foram submetidos à análise de variância. Nos casos de significância na fonte de variação, empregou-se o teste de Tukey para a comparação das médias. Nos casos de significância aplicação de silício para doses procede-se à análise de regressão e seleção do modelo matemático adequado para expressar a relação entre as variáveis.

Apresentação dos dados



Aplicação de silício e adubação com nitrogênio e molibdênio no desenvolvimento e produtividade de feijão-vagem de crescimento determinado.



Introdução

          O feijão-vagem tem sua importância por ser bastante apreciado e consumido pelo brasileiro, estando entre as hortaliças mais comercializadas nas Centrais de Abastecimento. Com a disponibilidade de cultivares de hábito de crescimento determinado, faz-se necessário o estudo na área de nutrição, pois apresentam o ciclo mais curto, florescimento e produção de vagens em período
concentrado, espaçamentos menores e densidades de plantio maior com influência na população por hectare. Athanázio (1983) observou que para cultivares que apresentam hábitos de crescimento determinado, e comportamento bastante diverso das tradicionais (ciclo mais curto, florescimento e produção de vagens em período concentrado, etc.), é necessário que sejam conduzidos trabalhos de pesquisa que levem a recomendações de adubação racional e econômica para este tipo de planta, nas diferentes regiões produtoras. O silício pode agir como elicitor do processo de resistência induzida em plantas, conforme Fawe et al. (2001). Possivelmente, alguns agentes elicitores induzem respostas de defesa nas plantas, como modificações nas estruturas celular, fisiológicas e orfológicas. Uma fonte interessante de silício é a cinza de eucalipto, que possui em média 16,9% de SiO2, entre outros nutrientes, sendo importante no desenvolvimento vegetativo de plantas.  Em geral, a aplicação de molibdênio, seja como prevenção, seja para reversão de sintomas de deficiência, vem sendo, ao longo do tempo,utilizada sob diferentes formas, sendo o uso da adubação foliar recomendado.

Primeiros resultados apresentados


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Terceiro Experimento

Plantio 4 de outubro de 2011

Iniciamos o 3° experimento, que se fez necessário devido às respostas ao incremento de doses de nitrogênio ser representadas por crescimento de forma linear, indicando não termos alcançado o máximo de produção para o elemento, no caso do feijão-comum e mesmo do feijão-vagem encontramos em outras pesquisas respostas tanto ao nitrogênio como ao fósforo, sendo as respostas encontradas por nos nada de inesperado. O molibdênio não apresentou resposta a sua aplicação, o que por sua vez já foi observado, na literatura encontramos repostas tanto positivas como sem resposta a sua aplicação, devido a diversos fatores, acreditamos que neste experimento ser devido ao fato das aplicações terem sido realizadas quando a cultivar já estava na floração, que é quando a planta carreia seus nutrientes para a formação da flor e posteriormente do fruto, não respondendo a aplicação do nutriente.
Devido a estas observações modificamos o experimento e vamos aplicar 0, 50, 100 e 150 kg/ha de nitrogênio em cobertura aos 20 dias após a emergência (DAE), no caso do molibdênio antecipamos as aplicações para 14 DAE e mudamos as doses para 0, 30, 60 e 90 g/ha via foliar, buscando as melhores doses a serem empregadas na lavoura para o máximo rendimento econômico. Outra modificação foi com relação ao numero de sementes por metro linear, antes nos usávamos 10 sementes/metro e neste passamos a usar 12-13 sementes, pois observamos que o espaçamento de 50 cm entre linhas é bastante interessante, pois propicia ampla observação das vagens, na colheita podemos escolher as melhores vagens e dividi-la em mais de uma vez, porem o estande final com dez sementes terminava em sete plantas o que possibilitou o aumento de sementes no plantio para termos um maior numero de plantas no estande final e aumentarmos a produção sem prejuízo da qualidade.
Com relação aos insetos continuamos a aplicação de silício visando o aumento da resistência, com os vários plantios em épocas difererentes podemos observar a mudança de insetos que se alimentam da lavoura, alem de possibilitar que as conclusões sejam melhores explicadas.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Coleta de folhas para analise foliar FEIJÃO-VAGEM






A coleta ocorreu na floração da cultura, fato não recomendado, no entanto a precocidade desta cultivar não nos possibilitou a coleta antes da floração.
A água usada para lavar as folhas, até o gato quis beber, como não havia tratamento com defensivos deixamos o bichano a vontade. 

Fotos do Segundo Experimento FEIJÃO-VAGEM











segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fotos da montagem do 2° Experimento

Este experimento contou com o auxilio de dois Thiagos bolsistas da Epamig.



 Foram colocados 10 sementes por metro, nos 10 metros da parcela útil teremos 100 sementes iniciais.
Como ocorreu o ataque de fungos de solo, e para não manusear sementes tratadas, fizemos o tratamento com fungicidas no sulco de plantio. O que se mostrou eficiente, evitando o ataque de Fusarium, que ocasiona a murcha, diminuindo o estande de plantio. Atenção especial ao uso de EPI, sempre necessário.